sábado, 4 de julho de 2020

MINHAS ORIGENS E MUDANÇAS



Nasci em Paranapanema/SP no ano de 1978. Na terra natal, vivi com a minha família até os 8 anos, em 1986, quando nos mudamos para o então Distrito de Barra do Chapéu, no Município de Apiaí/SP. Meus pais haviam comprado uma propriedade rural cuja casa precisava de reforma, então moramos por cerca de 8 meses num sítio emprestado de um amigo da família. Entretanto, conhecendo melhor a propriedade, que era bastante pedregosa, meu pai acabou desistindo de se mudar para lá. Coincidentemente, apareceu um comprador, que propôs uma troca por um sítio no Município de Ribeira/SP. O negócio se realizou e, em julho de 1987, mudamos para uma nova casa emprestada, num bairro rural chamado "Veados de Cima", até que fosse construída uma casa no novo sítio. Não me recordo direito, mas acredito que moramos ali por cerca de 2 ou 3 meses. A grande casa, que pertencia à Igreja Católica, era de madeira, e o piso era um assoalho bem ruidoso. Havia um quarto pequeno que sempre estava trancado. Eu tinha medo e ficava a imaginar o que haveria lá dentro: um baú do tesouro?; um caixão com defunto?; fantasmas? Pelos ruídos que ouvíamos à noite, parecia mais ser a última opção. Confesso que tive muito medo enquanto moramos naquela casa. Em certa ocasião, meus pais precisaram se ausentar por alguns dias e devem ter levado minha irmã e meu irmão mais novos, pois lembro que eu e a minha irmã mais velha dormimos na casa de uma amiga ali no bairro. O colchão era de palha e amanhecemos com as costas todas pinicadas, mas foi bem melhor do que passar a noite sozinhas na casa mal-assombrada! Quanto ao quartinho trancado, lembro que um dia, alguém da Igreja foi até lá para abri-lo. É claro que eu fiquei só na espreita para, finalmente, ver o que tinha lá dentro! E o "segredo" era nada mais, nada menos que um monte de lenhas! Foi uma grande decepção, afinal, crianças têm a imaginação muito fértil e, quando algum mistério está para ser desvendado, elas sempre esperam por algo mágico ou, no mínimo, surpreendente! Mas ainda bem que eram apenas lenhas, pois, a partir daquele dia, já não tive mais tanto medo de morar naquela casa...

Continua na postagem AFUNDANDO OS PÉS NO BARRO.

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