domingo, 5 de julho de 2020

AFUNDANDO OS PÉS NO BARRO


Revivendo memórias da infância em Barra do Chapéu, a casa onde moramos era situada à margem de um rio, numa região plana que sempre ficava alagada quando chovia bastante. Nessas ocasiões, era muito difícil andar pelo caminho que levava à estrada principal onde tomávamos o ônibus. Íamos procurando os pontos aparentemente mais secos para pisar, mas, vez ou outra, a gente se enganava e acabava afundando os pés no barro. Limpávamos os calçados na grama, mas sempre ficavam um pouco sujos, e não havia como voltar em casa para trocá-los. Tínhamos que sair daquele jeito mesmo, fosse para ir à Escola, ao mercado ou à Igreja. Pode ser que ninguém notasse ou desse importância, já que éramos "gente do sítio", mas, apesar da pouca idade, eu me sentia envergonhada por chegar à cidade com os pés sujos de barro...
Naquela época, nossos meios de transporte próprios eram a charrete e o carrinho, uma espécie de carroça com pneus de carro. A charrete era o transporte mais sofisticado, o nosso "carro de passeio". Se saíamos com a charrete pelo caminho alagado, era mais fácil para nós, embora eu sentisse medo quando a charrete deslizava. Quem sofria mais era o pobre do cavalo que a puxava...

Continua na postagem UMA FAMÍLIA ESPECIAL. 

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