quinta-feira, 12 de novembro de 2020

NOVO LIVRO DE POESIAS




    Este é o meu mais recente livro de poesias, desta vez ilustrado pelas mãos talentosas de Vívian Saad. São 42 poesias que tratam de temas diversos, nos quais predominam o amor, o otimismo e a gratidão pela vida. A quem se interessar, cada exemplar custa apenas R$ 35,00 (sem frete) e pode ser adquirido pelo WhatsApp 43/99108-6179.

 

NOVO LIVRO INFANTOJUVENIL




O meu segundo livro infantojuvenil traz a história da amizade entre uma menina camponesa e a sua galinha Maricota. Escrito em poesia, o livro custa apenas R$ 20,00 (sem frete) e pode ser adquirido por meio do WhatsApp 43/99108-6179.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

PASSANDO FÉRIAS EM SÃO PAULO

Pico do Jaraguá Sergio Tauhata/ 
Foto extraída de: https://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/pico-do-jaragua/

Quando eu tinha 6 ou 7 anos e vivia na zona rural de Paranapanema/SP, minha terra natal, fui passar férias na casa do meu saudoso tio João Batista em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo. Não lembro exatamente quanto tempo passei lá, mas foram algumas semanas.
Recordo com saudade os momentos ali vividos com meus primos. Brincamos muito! Naquela época, meados dos anos 80, as crianças andavam sozinhas pelas ruas próximas à casa. Numa tarde, houve um temporal, e nós, além de termos tomado banho de chuva - pasmem! - chegamos a nos deitar nas enxurradas para sentir a água passando pelo corpo! Foi uma brincadeira arriscada, pois aquelas águas poderiam conter muitas impurezas, vírus e bactérias que causam doenças. Felizmente, tudo não passou de uma inocente brincadeira na chuva, e ninguém ficou doente!
Eu também não me esqueci do passeio ao Pico do Jaraguá. Foi lá que brinquei pela primeira (e última!) vez num carrossel. Eu não fazia ideia do efeito daquelas voltas no chamado "gira-gira". Até que eu gostei de girar naquele brinquedo e sentir o vento refrescando o meu rosto, mas depois que desci, minha cabeça estava pesada, e o mundo girava ao meu redor! Foi uma sensação nada agradável que durou apenas alguns minutos, mas que me marcou pelo resto da vida! Hoje, sou uma adulta traumatizada por uma brincadeira no gira-gira!... rs
Dessas férias, lembro também a macarronada deliciosa que comemos algumas vezes na casa de um vizinho do meu tio. É como se eu ainda sentisse o gosto do queijo ralado polvilhado sobre aquela macarronada regada com molho de tomate. São memórias da infância que valem a pena recordar, e algumas até consigo saborear!...

terça-feira, 7 de julho de 2020

O FIM DO MUNDO



Quando vivi em Ribeira/SP, eu tinha entre 9 e 11 anos. Várias vezes, ouvi meu avô e outros adultos dizerem que o fim do mundo estava próximo, e que, desta vez, o mundo acabaria em fogo.
Eu morria de medo desse tal de "fim do mundo"! Eu era criança, e as crianças costumam acreditar em quase tudo o que ouvem dos adultos. Em pensamento, eu pedia a Deus que não deixasse o mundo acabar em fogo, porque isso seria cruel demais com a humanidade!
A nossa casa ficava num vale onde, numa das direções, tínhamos uma visão bastante extensa. Da janela do quarto, conseguíamos enxergar longe, aproximadamente uns 15 Km à frente, e o final dessa vista era um morro bem alto (parecido com o da foto) que se destacava naquela paisagem enfumaçada, meio cinzenta, meio azulada.
Certa vez, ao olhar a paisagem que observava diariamente, avistei fogo próximo ao pico do morro! "Pronto!" - pensei. "O fim do mundo chegou!"
Fechei meus olhos e comecei a falar com Deus, pedindo que Ele me levasse antes que o fogo chegasse até mim. Fiquei ali à beira da janela completamente imóvel, de olhos bem apertados para não ver o fogo se aproximar da nossa casa. Assim eu devo ter ficado por uns cinco minutos, até que tomei coragem para abrir os olhos e ver o quanto o fogo já tinha avançado em direção à nossa casa.
Pois bem! Para a minha felicidade, o fogo continuava lá no morro! Nem dava para ver se tinha aumentado ou diminuído, mas continuava lá! Respirei aliviada: não, o mundo não estava acabando, pelo menos não daquela vez!
Depois desse episódio, nunca mais acreditei que o mundo iria acabar em fogo, aliás, nem acredito que vá acabar um dia. E também não quero viver pensando em fim do mundo. Prefiro pensar no começo e no meio da vida, na beleza da criação, do amor e em outras coisas muito mais alegres e positivas.
Afastemos os pesos e as preocupações! A vida está aí para ser vivida, e que seja leve, doce e diariamente festejada como um nascimento, como se todo dia fosse um novo começo! E é!...

segunda-feira, 6 de julho de 2020

A TRILHA ASSUSTADORA

Foto: depositphotos

Relembrando episódios do tempo que vivi em Ribeirão da Várzea (Ribeira/SP), algumas vezes precisei voltar sozinha da Escola. Como escrevi na postagem anterior, andávamos cerca de 2 km da nossa casa até o Bairro, e tanto a estradinha de acesso ao sítio quanto a estrada principal não eram pavimentadas.
Mais ou menos na metade do caminho, a estrada principal contornava uma mata de pinheiral relativamente extensa. Nessa mata, que era um pouco escura e úmida, havia uma trilha pela qual se chegava bem mais rápido ao destino. Obviamente, quando íamos a pé, sempre usávamos essa trilha, e não havia qualquer problema quando era durante o dia e estávamos em grupo. Em certas ocasiões, passávamos por ali à noite, iluminados apenas pelos raios da lua que atravessavam a copa das árvores e dos pinheiros. Mesmo acompanhada por meus pais, eu tinha medo de andar pela trilha no meio da escuridão.
Quando tive que voltar sozinha para a casa, preferi não ir pela estrada porque temia encontrar os tamanduás que viviam por ali. Passando de charrete, já os tinha visto de longe - eles eram bem maiores do que eu!
Pois bem, tive que voltar pela tortuosa trilha. À medida que eu avançava para dentro da mata, ouvia barulhos inéditos e começava a imaginar de onde viriam. "Deve ser o bugio... Meu pai disse que já o viu por aqui..." Não sabia como era o barulho desse animal, mas tentava me convencer de que era "apenas um bugio"...
No afã de vencer a trilha, eu andava rapidamente e arregalava os olhos, acreditando que veria melhor qualquer perigo que pudesse aparecer. Meu coração vinha à boca com as imagens de monstros e fantasmas que eu via naquelas longas barbas de velho que pendiam das árvores. Naquele momento, os barulhos da mata me faziam pensar que todos os bichos dali eram carnívoros e queriam me pegar. 
A travessia durava menos de dez minutos, embora parecesse durar uma hora! Para piorar, no meio do trajeto, uma cobra meio marrom resolve atravessar o meu caminho! "AAAAAAiiii!!! Que susto!!!" Ainda bem que ela fugiu rapidamente no meio das folhas secas! Com o grito que eu dei, deve ter ficado com mais medo de mim do que eu dela! 
Felizmente, sobrevivi a todas as travessias da trilha assustadora, e hoje estou aqui para contar a história. Começo a achar que a minha filha está certa. Quando conto para ela algum desses episódios, ela diz que a minha infância não foi tão difícil assim; na verdade, foi cheia de aventuras! E não é que ela tem razão?!...

Continua na postagem O FIM DO MUNDO.

VIVENDO EM RIBEIRA/SP



Entre setembro de 1987 e janeiro de 1990, aproximadamente, vivi com a minha família na casinha da foto acima, numa propriedade rural de 13 alqueires localizada a 2 km do Bairro Ribeirão da Várzea.
Nossa vida ali não foi fácil. Foram apenas 2 anos e alguns meses, mas parece que foi uma eternidade. Como atividade principal, meu pai praticava a pecuária e, eventualmente, a agricultura, conforme se observa na terra mexida que aparece ao fundo, na parte superior esquerda da foto.
Diariamente, meu pai vendia leite para a comunidade do Bairro. O que mais se cultivava eram milho, feijão preto, mandioca e banana, que também faziam parte da nossa alimentação. Vivíamos da escassa renda gerada pelo leite e pela lavoura, quando havia colheita. Em razão dessas dificuldades, houve um curto período em que não tínhamos dinheiro nem para comprar arroz; comíamos apenas o feijão preto e a mandioca que a terra nos oferecia. 
Íamos a pé para a Escola do Bairro. Tive grandes Professores e fiz boas amizades na Escola, mas não gostava de morar ali. Era uma região bastante montanhosa, úmida e fria. A cidade mais próxima - Ribeira - ficava a uma distância de mais de 40 km. Hoje, parece perto, mas para quem só tinha charrete, dependia de ônibus e quase não tinha dinheiro para a passagem, era muito longe! Durante esse tempo em que vivemos lá, fui de ônibus à cidade no máximo duas vezes, provavelmente para consultar médico ou dentista. 
Talvez em razão das dificuldades por que passávamos, aquele, para mim, era um lugar feio e triste. Sonhei várias vezes com o dia em que iríamos embora dali. E esse dia chegou, não exatamente como eu havia sonhado. Por volta de novembro de 1989, o comprador da fazenda vizinha interessou-se pelo nosso sítio e pagou um preço bem acima do que realmente valia. Meu pai nem pensou muito para aceitar, pois já estava desanimado com a região não muito favorável à criação de gado leiteiro, seu trabalho predileto. Ocorre que a mudança não foi imediata, pois demoraram alguns meses até que meu pai encontrasse outra propriedade numa região melhor para o gado e também pela qual pudesse pagar. No final de 1989, fui passar as férias escolares na casa dos meus avós paternos, em Paranapanema/SP. Quando as férias estavam chegando ao fim, soube que não mais voltaria para lá, pois meus pais haviam comprado uma propriedade rural em Barão de Antonina/SP. Da casa dos meus avós, eu iria embora para a outra que seria a nova morada por 8 anos da minha vida. 
Encerrado o período em Ribeira/SP, eu tinha 11 anos e havia concluído a 5.ª Série do antigo 1.° Grau. Enfim, eu estava livre daquele lugar de onde sonhei um dia ir embora, apesar de não ter sido do jeito que imaginei. Eu queria ir embora dando "tchau" em cima do caminhão de mudança e sorrindo de orelha a orelha, feliz pela expectativa de uma vida melhor. Não foi bem assim, mas o importante é que a tão sonhada mudança aconteceu. Iniciei o ano de 1990 com vida nova em Barão de Antonina. Ali, nossa vida foi menos difícil, e fui um pouco mais feliz do que em Ribeira. Embora ainda tivesse que andar bastante a pé para chegar à Escola, o estudo foi muito proveitoso. Meus pais sempre nos incentivaram a estudar dizendo: "Não temos patrimônio, e a melhor herança que poderemos deixar para vocês é o estudo." E eles estavam certos!

Continua na postagem A TRILHA ASSUSTADORA.

PRÊMIO MOUTONNÉE DE POESIA - 2017



VERDADE*

O que será a verdade, por todos tão procurada?
Ninguém tolera a mentira - desde logo, é rechaçada.
 Cada fato, nesta vida, é faca de duplo gume -
chegar a uma conclusão sempre depende de um lume.

Nem sempre o que se conclui será, por certo, a verdade -
é possível se enganar sem muita dificuldade.
Muito do que se tomar como mentira ou verdade
pode ser prejudicial para toda a humanidade.

Na busca pela verdade, o debate é intenso -
quando não é encontrada, utiliza-se o consenso.
 A verdade é um conceito - não terá valor algum
se só existir, de fato, verdade de cada um...

*Poema finalista do XXV PRÊMIO MOUTONNÉE DE POESIA, promovido em 2017 pelo Município de Salto/SP e pela Academia Saltense de Letras - ASle. De 1.268 poemas inscritos na Categoria Adulta, foram classificados apenas 84 para a Etapa Final, e o prêmio foi a publicação nessa linda Coletânea.

SEGUNDA CLASSIFICAÇÃO NO PRÊMIO VIP DE LITERATURA - 2019



AROMAS DA VIDA*

 Amanhã, quando acordar, depois do banho tomado,
quero sentir o cheirinho do café recém-coado.
Vou vestir a roupa nova e ficar bem colorida,
para espantar a tristeza com a energia da vida!

Quero saciar a fome com aquele pão quentinho
que alguém tenha preparado com muito amor e carinho.
Quero um dia ensolarado, céu azul e o ar mais puro
para viver o presente e não pensar no futuro.

Vou curtir a natureza para me sentir mais viva,
com o cheiro salutar da verde mata nativa.
Quando voltar para a casa, vou ficar embriagada
pelo aroma da comida que está sendo temperada.

Quero que a tarde comece com o céu escurecido,
cheiro de terra molhada entorpecendo o sentido. 
 Depois que a chuva passar, que o sol brilhe novamente,
e o cheiro de um livro novo estimule a minha mente.

Com cheiro de casa limpa e de pipoca estourada,
aroma de bolo assando, a grama estará cortada.
Vou me banhar com perfume de lavanda ou jasmim -
quero que todos os meus dias sejam perfeitos assim!...

*Poema classificado em 12.° Lugar entre 1.472 inscritos no PRÊMIO VIP DE LITERATURA, promovido em 2019 pela A. R. Publisher Editora de Maringá/PR.

domingo, 5 de julho de 2020

PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO NO PRÊMIO VIP DE LITERATURA - 2017





Poema classificado em 16.° Lugar entre 939 inscritos no PRÊMIO VIP DE LITERATURA, promovido em 2017 pela A. R. Publisher Editora de Maringá/PR. Na época, eu nem imaginava que hoje, faria parte da sua galeria de Autores, e faço, com muito orgulho!

CLASSIFICAÇÃO DUPLA EM 2017



Em 2017, este poema recebeu duas classificações: 1.° Lugar no IV Concurso Nacional Viagem pela Escrita, realizado pela PoeArt Editora, de Volta Redonda/RJ, e 14.° Lugar no 1.° Concurso de Poesias Adauto Borges, promovido pela Associação Batista de Ação Social de Feira de Santana/BA.

CONCURSO PÉROLAS DA LITERATURA - 2019



O MAIOR TESOURO*

 O que seria do mundo se não fosse o amor?
Sem dúvida, haveria mais espaço para a dor!
O amor renova a vida, fortalece as esperanças;
o melhor amor do mundo é aquele sem cobranças.

Amar é ser paciente, bondoso em tudo o que faz,
não guardar mágoas dos outros, deixar tudo para trás.
Amar é cuidar do outro mais do que cuidar de si;
dizer em qualquer momento: “Pode vir. Estou aqui!”

Quando o amor está presente, estendendo a sua mão,
mostra a solidariedade que vem lá do coração.
E hoje, apesar de tudo, podemos acreditar:
ainda existem pessoas que são capazes de amar.

Há gente que sofre muito pela falta material,
porém, a pior das faltas é a pobreza moral.
Amigo, não te preocupes em acumular mais bens,
pois o teu maior tesouro é o bom coração que tens!...

*Poema finalista no X CONCURSO PÉROLAS DA LITERATURA, realizado em 2019 pela Secretaria Municipal de Cultura de Guarujá/SP.

O PIQUENIQUE


Eu me tornei amiga da Maria Cristina, ou simplesmente Cristina. Tínhamos a mesma idade e muitas afinidades. Estávamos sempre uma na casa da outra. Eu ia mais na casa dela, porque lá tinha televisão, eu gostava de assistir a uns desenhos animados e à novela "Direito de Amar". Nessa época, a TV era em preto e branco, mas nem por isso deixávamos de apreciar os programas. Brincávamos bastante também, e a brincadeira mais marcante para mim foi um piquenique que a Cristina organizou no meio do pasto. Cada criança levou alguma coisa para comer, e foi muito divertido! Até as vacas se aproximaram de nós para ver o que estava acontecendo. Não tivemos medo, afinal, vivíamos no meio da boiada. Foi o único piquenique da minha vida, e foi maravilhoso!
Depois que fomos embora, eu e a Cristina trocamos cartas por muito tempo, e hoje somos amigas pelo Facebook. Jamais esqueci o quanto a sua amizade foi importante na minha infância.

Continua na postagem MORANDO PERTINHO DA ESCOLA.

UMA FAMÍLIA ESPECIAL


Lá em Barra do Chapéu, fomos privilegiados com a vizinhança e a amizade de uma família bastante querida e, coincidentemente, muito parecida com a nossa. Tinha exatamente o mesmo número de filhos: três meninas e um menino. Engraçado é que cada filha ou filho de uma família teve mais afinidade com a filha ou filho da outra família que tinha a mesma idade ou, então, a idade mais próxima. Apesar de termos vivido ali por apenas 8 meses, essa família marcou bastante a nossa vida não apenas pela simpatia e pela amizade, mas também pelas diversas formas de ajuda que nos prestou num momento de muitas necessidades e incertezas sobre o nosso destino. Uma mão estendida é algo que não tem preço e se guarda por toda a vida...

Continua na postagem O PIQUENIQUE.

AFUNDANDO OS PÉS NO BARRO


Revivendo memórias da infância em Barra do Chapéu, a casa onde moramos era situada à margem de um rio, numa região plana que sempre ficava alagada quando chovia bastante. Nessas ocasiões, era muito difícil andar pelo caminho que levava à estrada principal onde tomávamos o ônibus. Íamos procurando os pontos aparentemente mais secos para pisar, mas, vez ou outra, a gente se enganava e acabava afundando os pés no barro. Limpávamos os calçados na grama, mas sempre ficavam um pouco sujos, e não havia como voltar em casa para trocá-los. Tínhamos que sair daquele jeito mesmo, fosse para ir à Escola, ao mercado ou à Igreja. Pode ser que ninguém notasse ou desse importância, já que éramos "gente do sítio", mas, apesar da pouca idade, eu me sentia envergonhada por chegar à cidade com os pés sujos de barro...
Naquela época, nossos meios de transporte próprios eram a charrete e o carrinho, uma espécie de carroça com pneus de carro. A charrete era o transporte mais sofisticado, o nosso "carro de passeio". Se saíamos com a charrete pelo caminho alagado, era mais fácil para nós, embora eu sentisse medo quando a charrete deslizava. Quem sofria mais era o pobre do cavalo que a puxava...

Continua na postagem UMA FAMÍLIA ESPECIAL. 

sábado, 4 de julho de 2020

MORANDO PERTINHO DA ESCOLA


Ainda sobre o Bairro "Veados de Cima", apesar de ter morado ali por pouco tempo, lembro-me que a Escola ficava a alguns passos de casa. Foi o único lugar da minha vida em que morei praticamente ao lado da Escola. Durante todo o Ensino Fundamental e Médio, tive que andar muito a pé para estudar. Quando cursei a 1.ª e a 2.ª Séries, ainda em Paranapanema e morando na zona rural, andava 8 quilômetros todos os dias - 4 de ida e 4 de volta. Voltando aos "Veados de Cima", nessa época, eu cursava a 3.ª Série do antigo Curso Primário e, em período diverso, tinha Aulas de Pintura em Tecido, que eu adorava. São bem poucas as memórias que guardei desse lugar, mas, enfim, foi um dos lugares que fizeram parte da minha longínqua infância...

Continua na postagem VIVENDO EM RIBEIRA/SP.

MINHAS ORIGENS E MUDANÇAS



Nasci em Paranapanema/SP no ano de 1978. Na terra natal, vivi com a minha família até os 8 anos, em 1986, quando nos mudamos para o então Distrito de Barra do Chapéu, no Município de Apiaí/SP. Meus pais haviam comprado uma propriedade rural cuja casa precisava de reforma, então moramos por cerca de 8 meses num sítio emprestado de um amigo da família. Entretanto, conhecendo melhor a propriedade, que era bastante pedregosa, meu pai acabou desistindo de se mudar para lá. Coincidentemente, apareceu um comprador, que propôs uma troca por um sítio no Município de Ribeira/SP. O negócio se realizou e, em julho de 1987, mudamos para uma nova casa emprestada, num bairro rural chamado "Veados de Cima", até que fosse construída uma casa no novo sítio. Não me recordo direito, mas acredito que moramos ali por cerca de 2 ou 3 meses. A grande casa, que pertencia à Igreja Católica, era de madeira, e o piso era um assoalho bem ruidoso. Havia um quarto pequeno que sempre estava trancado. Eu tinha medo e ficava a imaginar o que haveria lá dentro: um baú do tesouro?; um caixão com defunto?; fantasmas? Pelos ruídos que ouvíamos à noite, parecia mais ser a última opção. Confesso que tive muito medo enquanto moramos naquela casa. Em certa ocasião, meus pais precisaram se ausentar por alguns dias e devem ter levado minha irmã e meu irmão mais novos, pois lembro que eu e a minha irmã mais velha dormimos na casa de uma amiga ali no bairro. O colchão era de palha e amanhecemos com as costas todas pinicadas, mas foi bem melhor do que passar a noite sozinhas na casa mal-assombrada! Quanto ao quartinho trancado, lembro que um dia, alguém da Igreja foi até lá para abri-lo. É claro que eu fiquei só na espreita para, finalmente, ver o que tinha lá dentro! E o "segredo" era nada mais, nada menos que um monte de lenhas! Foi uma grande decepção, afinal, crianças têm a imaginação muito fértil e, quando algum mistério está para ser desvendado, elas sempre esperam por algo mágico ou, no mínimo, surpreendente! Mas ainda bem que eram apenas lenhas, pois, a partir daquele dia, já não tive mais tanto medo de morar naquela casa...

Continua na postagem AFUNDANDO OS PÉS NO BARRO.

MINHAS FILHAS, MINHAS JOIAS*


Prá descrever minhas filhas,
as palavras procurei,
mas nada foi suficiente
daquilo que encontrei...

Ana Letícia é um doce,
uma filha adorada –
um dia, ela vai saber
o quanto foi desejada...

Esse encanto de menina
muito nos surpreendeu
com a cor dos seus cabelos
desde que ela nasceu!

Nossa princesinha ruiva,
pedaço do coração –
 por onde quer que ela passe,
chama muito a atenção!

Uma menina tão doce
merece o melhor da vida -
muito amor para você,
minha filha tão querida!

Maria Laura, você
foi assim tão desejada –
completou nossa família;
é também muito amada!

Apesar de tão pequena,
grande é a personalidade,
e toda a sua beleza
não tem páreo na cidade!

Não há quem não se impressione
com a sua cabeleira -
quando recebe elogios,
a mamãe fica faceira...

Um docinho de criança,
fofinha, maravilhosa -
apesar de ser bravinha,
ela é muito carinhosa!

Aninha e Maria Laura
são, pois, tudo para mim.
Não posso viver sem elas –
este é o meu amor sem fim...


*Poema escrito em 2016 e publicado no meu livro ANTES QUE SEJA TARDE em 2018.

PELA PRIMEIRA VEZ, O TÃO SONHADO 1.° LUGAR



Enfim, o tão sonhado 1.° Lugar! Alguns meses depois que voltei a escrever, em 2016, retomei também a participação nos Concursos Literários. Para a minha felicidade, não demorou muito para que chegassem os resultados positivos, e essa foi a primeira vez que alcancei o 1.° Lugar num Concurso Literário. A partir daí, senti-me cada vez mais motivada para escrever. A premiação foi praticamente um marco na minha trajetória literária, e esse poema destacou-se também em outros Concursos como Finalista, Menção Especial e Menção Honrosa. Foi em razão desse destaque que o escolhi como título do meu primeiro livro de poesias.

CONCURSO DE MICROCONTOS - 2016



Nessa época, eu nem era muito "da prosa" (e ainda não sou), mas consegui essa classificação em 5.° Lugar no III Concurso Cultural de Microcontos, realizado em 2016 pelo Instituto Federal de Araraquara/SP.

CONCURSO DA AML - 2016



Poema premiado em 2.° Lugar no 5.° CONCURSO LITERÁRIO DA ACADEMIA MADUREIRENSE DE LETRAS - AML, realizado no ano 2016.

ANTOLOGIA CBJE - Edição Especial - 2017



Poema publicado em Edição Especial da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, editada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE no ano 2017.

ANTOLOGIA COMEMORATIVA CBJE - 2016



Poema publicado na Edição Comemorativa da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, editada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE no ano 2016.

ANTOLOGIA CBJE - 2016



Poema publicado no Volume 144 da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, editada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE no ano 2016.

ANTOLOGIA CBJE - 2003



Poema publicado no primeiro volume da Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, editada pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE no ano 2003.

CONCURSO DA UNIVAP - 2003




Antologia com os 20 primeiros trabalhos selecionados em cada Categoria do CONCURSO DE POESIAS, realizado pela Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP no ano 2003.

CONCURSO UNIVAP - 2002


Antologia com os 20 primeiros trabalhos selecionados em cada Categoria do CONCURSO DE POESIAS, realizado pela Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP no ano 2002.

CONCURSO DA POEBRAS - 2001



Entre as antigas e poucas premiações, essa é uma Coletânea que me trouxe mais uma alegria literária no ano 2001: classificação em 5.° Lugar no III CONCURSO LITERÁRIO INTERNACIONAL realizado pela Casa do Poeta Brasileiro em Salvador/BA - POEBRAS.

CONCURSO DE MINIPOEMAS - 2001



Essa é uma edição de bolso da Coletânea de Minipoemas publicada em 2001 após o Concurso realizado pelo Instituto Euclides da Cunha, com o apoio da Academia Paranaense de Letras e o patrocínio da Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil. Minha trova "Descoberta" foi selecionada, e o prêmio foram 500 exemplares da obra para cada Poeta classificado no Concurso.

UMA ANTIGA PREMIAÇÃO




    Em 1998, quando eu estudava no 2.° Ano do Curso de Letras na antiga Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho - FAFIJA (hoje Universidade Estadual do Norte do Paraná - UENP), fui premiada em 2.° Lugar no XV Concurso de Trovas realizado pela Faculdade. Foi uma das minhas primeiras conquistas literárias, e a Solenidade de Premiação com Troféus e Diplomas, um momento muito emocionante! Ao mesmo tempo, foi realizado também o XII Concurso de Contos. Na época, não houve publicação formal, e os trabalhos premiados foram reunidos nesta Apostila, distribuída entre os vencedores de ambos os Concursos.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

SONHOS REALIZADOS


ANTES QUE SEJA TARDE - Poemas DiVersos é o meu primeiro livro-solo de poesias, publicado em 2018 pela Plataforma Digital Clube de Autores. Esse livro foi um sonho que acalentei durante alguns anos e que também abandonei por cerca de 12 anos da minha vida. Depois de participar de Concursos Literários por 4 anos e sonhar com os primeiros lugares sem, contudo, conseguir alcançá-los, senti-me completamente desmotivada para escrever. Foi então que me afastei da produção literária, e o distanciamento foi tão grande que cheguei mesmo a esquecer essa minha paixão pela escrita. Voltei a escrever no início de 2016, quando, navegando pela Internet, por acaso "dei de cara" com um resultado de Concurso Literário. Esse encontro reacendeu em mim o desejo de escrever novamente. Depois de tanto tempo, praticamente "enferrujada", levei cerca de 3 semanas para escrever o poema que foi o marco da minha volta à Literatura, e que, 2 anos depois, pelas premiações conquistadas, escolhi como título do meu primeiro livro de poesias.
A poesia sempre foi o meu gênero preferido, mas depois de participar de vários cursos de Escrita Criativa, tentei me aventurar pela prosa também. Tive uma crônica e alguns contos publicados em coletâneas, mas nada de que possa me orgulhar. Até que em 2019, por sugestão da minha filha Ana Letícia, resolvi escrever o meu primeiro livro infantojuvenil - PORTÃO ABERTO, DESTINO CERTO, no qual narro a história de uma cachorrinha filhote que foi abandonada com poucas semanas de vida. Esse livro é ainda mais especial porque marca o início da minha produção infantojuvenil, um gênero pelo qual tenho me sentido completamente encantada e inspirada a produzir cada vez mais. Além disso, trata-se da história real de adoção da nossa amada cachorra Nina, da qual participaram pessoas da minha própria família. Então, nem preciso dizer o quanto essa publicação é especial e gratificante para mim! E a empolgação só aumenta sabendo que em 2020, virão mais dois livros: poesia infantil e poesia ilustrada!
Como é bom ter a oportunidade de fazer aquilo que amamos e saber que, de alguma forma, o que fazemos pode tocar o coração das pessoas e incentivá-las a também buscar a realização dos seus sonhos! 




DRUMMOND PARA CRIANÇAS

Considerado um dos maiores escritores brasileiros, o aclamado Poeta CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE também escreveu para crianças. No livro “Hist...