terça-feira, 14 de novembro de 2023

A VELHA CASA DA AVENIDA*




 No meio do quarteirão, há anos foi erigida

imponente construção em destaque na avenida.

Altas e grossas paredes, com desgaste na pintura,

revelam, na grande casa, a antiga arquitetura.


Venezianas de madeira, de pintura apagada,

testemunharam histórias naquela velha morada.

No antigo casarão, abrigaram-se pessoas

das mais variadas índoles: umas más e outras boas.


Paredes do casarão, se um dia pudessem falar,

contariam, exaltadas, casos de arrepiar.

Hoje, a casa está vazia, parecendo abandonada,

mas para os olhos da alma, continua habitada.


Ainda se ouvem choros, gritos e altas risadas,

rumores durante o dia, ruídos nas madrugadas.

Você aceitou o tempo, velha casa da avenida,

mas os que ainda a habitam não aceitam a partida!...


*Poesia classificada em 2.° Lugar no Concurso Literário Internacional Prêmio Cidade de Conselheiro Lafaiete, promovido em 2019 pela Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete/MG, ilustrada por Vívian Saad e publicada no livro AROMAS DA VIDA, editado pela A. R. Publisher em 2020.

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